Esta situação não é nova, uma vez que muitos construtores já anunciaram que não vão investir em novas motorizações a gasolina ou diesel, contudo, a situação de incerteza e a crise energética provocada pela invasão russa veio certamente acelerar a oferta de veículos elétricos.
Tendo por base a questão ambiental, no qual os veículos diesel foram os primeiros a serem atacados pelas suas emissões (algo injusta na minha opinião, atendendo à tecnologia de tratamento de gases de escape que qualquer veículo deste combustível dispõe atualmente) aponta-se agora a mira aos motores a gasolina, principalmente pela escalada do preço por litro.
A imprevisibilidade dos preços dos combustíveis, a proteção ambiental – com destaque para a pressão da união europeia na redução de emissões – e a forte aposta da eletrificação no mundo automóvel, pode acelerar a redução significativa da disponibilidade de motores de combustão.
Confira os planos de algumas das marcas:
- O Grupo Stellantis que contempla as marcas (Abarth, Alfa Romeo, Citroen, DS Automobiles, Fiat, Jeep, Lancia, Maserati, Opel, Peugeot, entre outras), prevê apresentar 75 modelos 100% elétricos nos próximos 8 anos. Outro objetivo traçado por Carlos Tavares, o português que lidera o grupo, estima comercializar 5 milhões de unidades, na Europa, em 2030 o que representará 100% das suas vendas.
- O Grupo Renault, Nissan e Mitsubishi anunciou que irá criar departamentos de raiz para a criação de veículos exclusivamente elétricos, híbridos e plug-in
- O Grupo Toyota, foi o primeiro a abandonar os motores diesel na marca Lexus em 2013, apostando na tecnologia híbrida e mais recentemente um reforço nos híbridos plug-in todos aliados a uma motorização a gasolina.
- O Grupo VW estima investir 89 mil milhões na mobilidade de elétrica até 2025, com investimento a visar novos modelos, assim como adaptação das unidades de produção para o fabrico de componentes elétricos e eletrónicos.
- A Volvo Cars anunciou que que vai deixar de produzir automóveis com motores de combustão interna a partir de 2030, inclusive híbridos, passando a construir somente veículos totalmente elétricos.
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