As exportações de componentes automóveis voltam a registar queda. O volume em fevereiro foi, de acordo com a Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA), de 817 milhões de euros, um decréscimo de 2,3% relativamente ao mesmo mês de 2021.
Esta queda acompanha uma tendência de há meses. Com exceção do mês de janeiro de 2022, desde julho de 2021 que as exportações mensais têm estado sempre abaixo do registado no ano anterior.
Já no que se refere às exportações acumuladas de componentes automóveis de janeiro e fevereiro o cenário é diferente. As vendas nos dois primeiros meses de 2022 atingiram os 1638 milhões de euros, um ligeiro acréscimo de 0,3% relativamente ao mesmo período de 2021.
Espanha mantém-se no topo das vendas
Relativamente ao top cinco de exportações de componentes automóveis por país, Espanha mantém-se no topo de vendas com 518 milhões de euros (+1,8%), seguida da Alemanha com 340 milhões de euros (+8,7%). Em terceiro lugar surge a França com um registo de 178 milhões de euros (-13,7%). Em quarto lugar estão os EUA com 80 milhões (+40,1%) e, por último, mantém-se o Reino Unido com 64 milhões de euros (-22,5%). No total, estes cinco países representam 72% das exportações portuguesas de componentes automóveis.
Nesta altura, destaca-se, relativamente a 2021, o aumento de 1,8% das exportações para Espanha (principal cliente dos componentes automóveis fabricados em Portugal, com uma quota de 31,6%). Destaque ainda para o aumento de 8,7%, das exportações para a Alemanha, e o facto dos EUA se manterem como o quarto mercado cliente das exportações de componentes automóveis produzidos em Portugal, com um aumento de 40,1%,
Por outro lado, é de referir que as exportações para França, terceiro país cliente, diminuíram 13,7% em relação aos dois primeiros meses do ano anterior. Também as exportações para o Reino Unido mantêm a tendência de queda: baixaram 22,5% em janeiro e fevereiro.
Problemas de abastecimento mantêm-se
Além disso, é de referir ainda que os problemas nas cadeias de abastecimentos continuam a afetar toda a indústria automóvel, segundo a AFIA. A associação realça a falta de chips, componentes eletrónicos e outras matérias-primas. Esta situação tem ainda tendência a agravar-se com o recente conflito entre a Ucrânia e a Rússia.
Pode consultar os dados da AFIA aqui.
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