As exportações de componentes “teimam” em não recuperar. A Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA) indica que as vendas da indústria nacional ao exterior continuam abaixo de 2019.
A AFIA dá conta de que a evolução mensal das exportações de componentes automóveis registou uma descida de 17,7% relativamente ao mesmo mês de 2021, situando-se agora nos 757 milhões de euros. No que se refere às exportações acumuladas de componentes automóveis no primeiro trimestre do ano tiveram uma diminuição de 6,2% em relação ao mesmo período de 2021, de 2,6% do que em 2020 e de 7,4% do quem em 2019.
Espanha continua no topo
Relativamente à análise das exportações de componentes automóveis por país, Espanha continua a manter-se no topo de vendas com 702 milhões de euros (-8,0%). Na segunda posição, surge a Alemanha com 524 milhões de euros (+3,6%), seguindo-se a França com um registo de 255 milhões de euros (-20,0%).
O quarto lugar continua a pertencer aos Estados Unidos, com 132 milhões (+35,6%). O Reino Unido é o quinto mercado mais importante, com 105 milhões de euros (-19,9%). No total, o top cinco de países continua a representar 72% das exportações portuguesas de componentes automóveis.
Pontos positivos
As exportações de componentes “teimam” em não recuperar devido a várias questões. De facto, os problemas nas cadeias de abastecimento continuam a afetar toda a indústria automóvel e o recente conflito entre a Ucrânia e a Rússia que veio interromper o caminho da recuperação no setor.
A AFIA realça, porém, que “há alguns pontos positivos a destacar”. As exportações para a Alemanha, que sendo o segundo país cliente dos componentes fabricados em Portugal, aumentou 3,6% em relação ao primeiro trimestre de 2021. Também os Estados Unidos apresentaram um aumento de 35,6%.
AFIA reclama apoios
A associação destaca que esta “é uma indústria resiliente e forte e que as empresas continuam a trabalhar para ultrapassar as dificuldades e manterem-se competitivas”. A AFIA reclama, porém, medidas de apoios, a exemplo do que, refere a associação, já existem em países concorrentes. A AFIA pede apoios “flexíveis e eficazes e que passem pela proteção dos postos de trabalho e capacidade de produção, de forma a permitir que as empresas mantenham a sua competitividade, após este período, logo que se verifique a retoma gradual da economia”.
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