Após o trágico incendio do navio “Felicity Ace” que tinha a bordo 3965 automóveis, dos quais 1.100 da marca Porsche, 189 Bentleys e vários Lamborghinis, Audis, e outros, pertencentes ao grupo Volkswagen, naufragou esta terça-feira quando o mesmo estava a ser rebocado para terra.
O fogo de elevada intensidade, que se iniciou a 16 de fevereiro e que lavrou durante vários dias seguidos, danificou a estrutura do navio de forma severa acabando por não resistir aos esforços colocados pelo reboque. O “Felicity Ace” já estava a cerca de 46 quilómetros do limite da Zona Económica Exclusiva de Portugal, ao largo dos Arquipélagos dos Açores, quando afundou. Qualquer hipótese de resgaste foi afastada, pois encontra-se a uma profundidade que ronda os 3 mil metros.
A Marinha Portuguesa está alerta e mantem-se vigilante para a mancha que se encontra na superfície proveniente dos resíduos dos automóveis, assim como do próprio navio.
As causas do incêndio ainda não se encontram apuradas, contudo, as baterias dos veículos elétricos a bordo terão sido, certamente, uma das grandes dificuldades para extinção do fogo.
Os incêndios em veículos elétricos, com baterias de iões de lítio, atingem temperaturas mais altas, mais rápidas e exigem muito mais água para a sua extinção comparativamente com os modelos a gasolina ou diesel. Para piorar, a carga térmica acumulada pode fazer com que as baterias possam reacender horas ou até mesmo dias depois, mesmo com o fogo controlado.
Recordam quando o Richard Hammond’s teve um acidente e com o protótipo Rimac esteve cerca de 5 dias a arder?
Esta situação será alvo de uma investigação e certamente terá repercussões de como as viaturas 100% elétricas deverão de ser transportadas.
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