A China vai acabar, até ao fim de 2022, com os incentivos à compra de elétricos e outros veículos movidos a energias alternativas. Aliás, Pequim já eliminou os incentivos para 30%.
O Ministério da Finanças chinês tinha anunciado em abril de 2020 que os subsídios à aquisição de veículos movidos a energias alternativas seriam cortados de 2020 a 2022 em 10%, 20% e 30%, respetivamente. Nas viaturas para transporte público, os incentivos seriam reduzidos em 10% em 2021 e em 20% em 2022.
A China estabeleceu como objetivo até 2025 uma quota de 20% de veículos movidos a energias alternativas. Entre estes veículos estão híbridos plug-in e veículos com célula de combustível a hidrogénio, além de modelos 100% elétricos.
Mais de 30% de quota em 2025
No entanto, as previsões da organização China EV100 apontam para que o mercado de veículos movidos a energias alternativas represente mais de 30% de todo o mercado automóvel chinês em 2025. As vendas deste tipo de viatura deverão ultrapassar cinco milhões de unidades em 2022 e atingir pelo menos sete milhões de unidades em 2025. Quem o afirma, citado pelo jornal China Daily, é Zhang Yongwei, vice-presidente da China EV100. Aliás, a mesma fonte acrescenta que, num um cenário otimista, as vendas podem superar nove milhões de unidades.
A venda de veículos movidos a energias alternativas na China totalizou 2,99 milhões de unidades de janeiro a novembro, mais 166,8% em relação a 2020. Isso representou , portanto, 12,7% das quase 23,49 milhões de unidades de todo o mercado de automóveis daquele país (que é o maior mercado automóvel do mundo), de acordo com a Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis. Este crescimento ocorreu não obstante em 2021 ter ocorrido a já referida redução dos apoios à aquisição veículos movidos a energias alternativas em 20%.
Aposta mundial
Portanto, vários grandes construtores mundiais estão a aumentar a produção de veículos elétricos na China. Volkswagen, General Motors, Toyota e Tesla são alguns exemplos. De facto, o crescimento do mercado de veículos movidos a energias alternativas está a ocorrer em várias regiões do mundo, entre as quais a Europa. Esta presença é feita, por norma, através de parcerias com construtores locais, como a operadores juntam-se marcas chinesas como a Nio ou a Geely.
É, por isso, expectável que os apoios à aquisição veículos movidos a energias alternativas vão sendo reduzidos, até à medida que os custos de produção deste tipo de automóvel se começa a equiparar aos dos equipados com motor a combustão.
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