Para o último dia estava guardado o melhor. A etapa rainha, como lhe chamou a organização, e, efetivamente, não desfraldou as expectativas. As altas temperaturas mantiveram-se ao longo de todo o dia mas com os tripulantes já habituados tornou-se mais fácil.
O roadbook dava conta de outros 360 quilómetros para unir Covilhã a Bragança e cerca de 10h40m de condução, o que desde logo impunha respeito.
Rumo a norte, pela Nacional 18, a primeira paragem era em Almeida. Primeiro rumo ao Sabugal, depois até Vila Fernando onde até existe uma avenida motard e dai rumo a Castelo Mendo onde era obrigatório parar nem que fosse apenas para conhecer o mais alto pelourinho de Portugal.
Antes de chegar a Almeida oportunidade – mais um exclusivo Lés-a-Lés – de percorrer de moto a Ponte Grande, de construção romana. Oportunidade para visitar o Museu Militar de Almeida. Não houve tempo para conhecer com o cuidado que merece esta bela localidade de Portugal, tão rica em história – mas fica já reservado o regresso.
O percurso fazia-se devagar, ao sabor das curvas, e com o Douro ali mesmo ao lado. Um percurso vem ao estilo Lés-a-Lés que é como quem diz, pouco visitado, de pouca circulação, onde as motas preenchem os espaços vazios e chamam as gentes. É também por isto que o Lés-a-Lés é um sucesso em todo o país.
Barca de Alva era o waypoint de paragem seguinte mas até lá chegar os mototuristas iam saboreando estradas de impar beleza. O caminho era feito devagar, ou não fosse para a apreciadores agora rumo a Freixo-de-Espada-à-Cinta (http://www.cm-freixoespadacinta.pt/).
Pelo caminho oportunidade para visitar alguns miradouros e ainda o Parque Urbano da Ribeiro do Juncal antes de chegar a Mogadouro (https://www.mogadouro.pt/), onde os participantes tinham mais um Oásis.
O percurso que conduziria os participantes até Bragança era feito de forma pausada, como merece, de modo a permitir conhecer alguns dos inúmeros miradouros e assim, respirar o que Portugal tem para oferecer.
Sendim abriu os braços para acolher os motociclistas que foram brindados com o folclore mirandês, in loco, ao vivo e a cores, mesmo com o imenso calor que se fazia sentir a demonstrar o carinho que as povoações têm por este evento.
Mirando do Douro acolhia mais um Oásis a obrigar paragem um pouco mais prolongada e bem merecedora, permitindo conhecer algumas das especificidades locais, com particular para o dialeto mirandês, que, os locais, teimam em preservar.
Apesar da proximidade com Bragança faltavam cumprir ainda cerca de três horas de condução. Era por isso necessário fazer quilómetros mas sempre ao longo de um percurso que parece escolhido a dedo tal a riqueza.
Tempo ainda para cruzar o ponto mais oriental de Portugal, antes de chegar a Vimioso. Bragança estava próximo mas o Lés-a-Lés nunca deixa de surpreender com passagens pela ponte Gótica que separa Pinelo de Argozelo.
Dai até Bragança foi um saltinho, onde estava preparado o palanque final. Um must para todos os participantes.
Foram inúmeros os pontos de interesse. A possibilidade de passear pelas muralhas de Almeida de moto é indescritível, mas a termos de eleger um, ponto, o nosso coração vai para a passagem pela Nacional 221, com o Douro como paisagem.
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